terça-feira, 9 de julho de 2013

Koyle Reserva Malbec 2011 e Palazzo Della Torre 2008

Finzinho de domingo, finalmente consegui visitar meus queridos Be e Bia em seu novo apê no Grajaú. Muito simpático e agradável, o Grajaú ainda conserva um pouco do "espírito" de bairro, com muitas casas e ruas tranquilas.

Eis que fui recebido com duas belas surpresas, as quais vou delinear um pouquinho para vocês.


O Koyle é um Malbec do vale do Colchagua, mais precisamente de Los Lingues. Região que dá frutos bem maduros e muita cor, de onde encontramos também alguns tintos da Casa Silva e da Santa Helena, que aliás ficam uma ao lado da outra.

A Koyle é uma vinícola moderna, da família Undurraga, e que também investiu no trabalho de Pedro Parra, além de possuir vinhedos biodinâmicos.

Este vinho (com um corte de 10% Syrah e 3% Cabernet Sauvignon) se abriu um pouco mineral e evocando azeitonas, bem parecido ao Malbec da Loma Larga, comentado aqui, embora mais maduro e com mais fruta. Bem púrpura escuro e denso, é um vinho de bastante extração, embora os taninos estejam "doces" e a sensação de boca seja ótima, preenchendo-a com mais fruta e um leve frescor, finalizando com uma boa mineralidade. Apesar de teoricamente jovem, já propicia bastante prazer, e possui 14.0 de álcool.

Gostei dele, Bernardo também, acabou rapidinho.

Dá uma olhada na tinta:


Garrafa finalizada, veio o outro candidato da noite. Um italiano mais austero...


O rótulo nos traz bastante informação. Ele diz que esse vinho é resultado da expertise da Allegrini em secar as uvas, numa releitura do processo conhecido como ripasso. A maioria dos frutos das cepas Corvina (70%) e Rondinella (25%) são vinificadas em tempo de colheita, enquanto o restante é encaminhado para a sala de secagem, onde vagarosamente se tornam passificadas até serem prensadas em janeiro. Então, são acrescidas ao vinho feito em setembro para que comecem uma segunda fermentação no intuito de prover complexidade e concentração.

O vinho é envelhecido em barris de carvalho de segundo uso por algo como 15 ou 16 meses e tem uma pequena adição de Sangiovese. Todas de vinhas com 40 anos de idade média.

Sua cor já era bem mais para um rubi levemente turvo, também evocando muita fruta, nesse caso bem vermelha, e alguma especiaria, com algo de tostado também presente. De estrutura considerável embora de menor extração que o Koyle, os taninos marcam forte presença mas a acidez aqui é quem está mandando. Realmente um vinho de potencial, o produtor recomenda pelo menos 10 anos. Outro grande vinho, também aprovado. Quando terminou, o "fundo de taça" dele era de um tostado notável. Ganhou 90 da WS.

Notas -> 4 de 5 para os dois. (Será que a companhia ajudou os garotos? Rs).

Preços -> Os dois foram presentes para os meus amigos, mas são importados e comercializados pela Grand Cru. O Koyle está saindo por R$57,00 e o Palazzo por R$123,00.

Sites -> Koyle e Allegrini.

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