quarta-feira, 1 de outubro de 2014

Meu tema para a #CBE: Cabernet Franc! Logis de la Bouchardière



Pessoal, no início do mês fui surpreendido pelo Alexandre dizendo: "Esse mês você escolhe o tema".

Sou um fã confesso da Cabernet Franc e da Sauvignon Blanc. O lado herbáceo e o frescor das duas me agrada muito.

No último ano bebi muitos Sauvignon Blanc mas poucos Cabernet Franc. Não há muitos disponíveis no mercado brasileiro mas toda vez que abro um, não me arrependo. E ainda sonho com o Cheval Blanc...

Pois bem, não pensei duas vezes e dei o tema ao Alexandre.

A Cabernet Franc tem estado na mídia especializada, principalmente na Argentina, depois que o Alejandro Vigil, enólogo chefe da Catena e um cara pessoalmente muito simpático e atencioso (conheci-o no encontro Mistral) conseguiu a maior nota já dada pelo tio Parker para um vinho com ela.

E não parou por aí, a Decanter Magazine também ressaltou seus vinhos e blends com a Cabernet Franc, e recentemente a Wines of Argentina organizou um painel de degustação somente com exemplares feitos com a uva.

O lado bom? Mais opções! O lado ruim? Preço subindo...

Claro que já havia bastante coisa além da dele, Humberto Canale, Pulenta, Lamadrid, tem bastante gente já lançando um aqui outro acolá com a uva. Parece que a Argentina busca alternativas à Malbec.

Mas deixemos isso de lado e falemos do vinho.

Escolhi um tradicional Chinon, para muitos a região-lar da Cabernet Franc.

O vinho tem um visual bem rubi, a impressão é de que a cor é mais evoluída que o vinho. Não é muito translúcido e parece até meio opaco, desconfiei de algo em suspensão mas infelizmente não pude decantar. Poucas lágrimas.

O nariz traz fruta bem fresca, chega até a dar um leve suadinho, e o indefectível pimentão verde. Algo de tostado no ar também dá as caras.

Na boca um corpo médio, acidez leve, frescor em alta e taninos bem presentes. Álcool bem integrado, o final é médio e traz um gosto meio tostado, achei um pouco estranho por conta do pouco tempo de barrica (4-6 meses), não me incomodou mas certamente incomodará os paladares mais delicados.

Um vinho bem clássico, e interessante. Uma pena custar tanto aqui no Brasil...


Nota -> 3.5 de 5.

Preço -> R$95,00 na Grand Cru.

Site -> Serge et Bruno Sourdais

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